Oportunidades adaptativas para a remodelação de edifício residencial desatualizado, Madrid 2013
O parque residencial de Madrid, assim como em muitas outras cidades europeias, desenvolveu-se sobretudo durante 1940 e 1970, quando ainda não existia legislação. A construção dessa altura corresponde a cerca de 50% de todos os edifícios residenciais de Madrid. Consequentemente, muitas das tipologias erigidas apresentam aspetos muito idênticos. Duas das características mais importantes são a baixa eficiência energética dessas habitações e as poucas condições de conforto térmico.
Este projeto propõe uma série de estratégias que podem ser adotadas a este tipo de edifícios com o objetivo de melhorar o desempenho energético e das condições de habitabilidade dos mesmos. Além do mais, a proposta visa a melhoria da aspeto estético do edificado de forma a evitar expansão das cidades com nova edificação.
De forma a atingir esses dois objetivos, o projeto estrutura-se em duas partes: análise e proposta arquitetónica. Primeiramente observou-se que seria mais benéfica a reabilitação que a demolição por questões energéticas e sociais. Em seguida, analisou-se o espaço urbano, a energia e o clima do contexto, para se propor um design ambiental integrado. Após isso, foram estudados casos precedentes para entender quais as medidas de reabilitação a ter em conta. A quarta parte diz respeito ao trabalho de campo efetuado para perceber que aspetos devem ser melhorados. Por último, estratégias de desenho foram definidas tendo por base a parte analítica e os estudos paramétricos efetuados.
A proposta consiste em providenciar aos ocupantes uma arquitetura que proporciona oportunidades de adaptação necessárias para atingir níveis de conforto no interior das habitações. Dependendo se se trata do interior ou exterior, os mecanismos de adaptação são diferentes. No caso dos apartamentos, é proposto um sistema de painéis amovíveis que permitem uma maior flexibilidade no uso dos espaços e, um sistema de portadas que permite uma adaptação mais correta às condições ambientais exteriores, ao mesmo tempo que modifica a própria arquitetura do edifício. Nos espaços exteriores, são criados vários espaços com qualidades ambientais diferentes e espaços de transição, os quais permitem uma adaptação no conforto térmico de forma gradual.
Colaboração com
Arquitectural Association - SED Programme